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Itamaraty diz reconhecer esforços por fim de conflito após Hamas aceitar negociar acordo com Trump e Israel

Hamas aceita libertar reféns israelenses, em meio à pressão de Donald Trump O Ministério das Relações Exteriores publicou, neste sábado (4), uma nota em ...

Itamaraty diz reconhecer esforços por fim de conflito após Hamas aceitar negociar acordo com Trump e Israel
Itamaraty diz reconhecer esforços por fim de conflito após Hamas aceitar negociar acordo com Trump e Israel (Foto: Reprodução)

Hamas aceita libertar reféns israelenses, em meio à pressão de Donald Trump O Ministério das Relações Exteriores publicou, neste sábado (4), uma nota em relação ao plano anunciado pelos Estados Unidos para a Faixa de Gaza.O Itamaraty afirmou que acompanha com atenção as discussões e reafirmou a convicção de que o único caminho para a paz é a "implementação de dois Estados". (Veja abaixo o comunicado completo e, em seguida, os pontos principais do acordo proposto). O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, havia afirmado na quarta-feira (1º) que o governo brasileiro vê com bons olhos o plano de paz apresentado pelos Estados Unidos para encerrar o conflito na Faixa de Gaza. O ministro deu essa declaração durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados em resposta a uma indagação do deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR). Israel afirmou nesta sexta-feira (3) que está se preparando para a "implementação imediata" da primeira fase do plano de paz na Faixa de Gaza elaborado pelos Estados Unidos. A medida foi anunciada gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O governo israelense disse que vai continuar trabalhando em cooperação com os EUA para terminar a guerra de acordo "com os princípios estabelecidos por Israel, que são consistentes com a visão do presidente Trump". Nesta quarta-feira, o Hamas aceitou discutir o plano com Trump e com Israel, e apontou a possibilidade de liberar os reféns israelenses. Veja abaixo a nota do Itamaraty na íntegra e alguns pontos do plano dos EUA. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Íntegra da nota do Ministério das Relações Exteriores O governo brasileiro acompanha com atenção as discussões que se seguiram ao anúncio, pelo governo norte-americano, em 29/9, de novo plano para cessar-fogo na Faixa de Gaza, cuja população segue assolada, decorridos dois anos, por mortes, deslocamentos forçados, fome e destruição de lares e de infraestrutura vital. Ao reconhecer os esforços dos países mediadores para colocar fim ao conflito, o Brasil guarda expectativa de que, se aceito e implementado pelas partes, o plano resulte, entre outras medidas, na cessação imediata e permanente dos ataques israelenses à Faixa de Gaza, na libertação dos reféns remanescentes, na entrada desimpedida de ajuda humanitária e no início urgente da reconstrução do território, sob apropriação e supervisão palestina. Defende, ademais, a retirada completa das forças israelenses de Gaza e a restauração da unidade político-geográfica da Palestina. Nesse contexto, o Brasil reafirma a convicção de que o único caminho para uma paz justa, estável e duradoura no Oriente Médio passa pela implementação da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital. Considera, por fim, que qualquer Força Internacional de Estabilização a ser desdobrada na região deverá contar com um mandato cuidadosamente desenhado e devidamente aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Mauro Vieira diz que Brasil 'aplaude' plano do governo dos Estados Unidos para Gaza Veja alguns pontos do plano dos EUA Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros O cessar-fogo ocorreria logo após a aceitação do plano. Israel libertaria prisioneiros, enquanto o Hamas devolveria todos os reféns em 72 horas. A troca incluiria também restos mortais de ambas partes. Ajuda humanitária e reconstrução de Gaza Entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura. Equipamentos para limpar escombros e reabrir estradas seriam autorizados. Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e outras entidades neutras. Nova governança em Gaza Um comitê palestino tecnocrático e apolítico assumiria a gestão local. Esse órgão seria supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump. Não está claro se Israel participará do conselho internacional. O objetivo é preparar o retorno da Autoridade Palestina após reformas. Desmilitarização e anistia ao Hamas Toda infraestrutura militar e de túneis seria destruída sob monitoramento internacional. Integrantes do Hamas poderiam entregar armas e receber anistia. Quem desejasse sair teria passagem segura para outros países. Segurança internacional e futuro político Uma Força Internacional de Estabilização treinaria a polícia palestina. Israel se retiraria gradualmente do território, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário. O plano prevê caminho para autodeterminação palestina e coexistência pacífica. LEIA MAIS: Hamas diz aceitar libertar todos os reféns em resposta a plano de Trump Trump diz que Israel deve parar ataques em Gaza 'imediatamente' após resposta do Hamas: 'Prontos para paz duradoura'