Putin diz que cara a cara com Trump pode fortalecer paz mundial caso haja acordo para controle de armas
Vladimir Putin e Donald Trump, durante encontro em 2019. REUTERS O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (14) achar que o cara que tr...

Vladimir Putin e Donald Trump, durante encontro em 2019. REUTERS O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (14) achar que o cara que travará com o líder norte-americano, Donald Trump, pode "fortalecer a paz mundial". Para isso, no entanto, Putin, diz querer que os dois cheguem a um acordo que regule e restrinja o uso de armas estratégicas, em uma indicação de que pode pedir que os EUA deixem de enviar certos armamentos à Ucrânia. O líder russo sugeriu também que um possível acordo nessa seara poderia incluir também restrições ao uso armas nucleares. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Os líderes da Rússia e dos Estados Unidos ficarão cara a cara na sexta-feira (15), em um encontro bilateral que ocorrerá no Alasca, nos EUA, pela primeira vez desde o início da guerra da Ucrânia e depois de um desgaste na relação dos dois e de críticas de ambos os lados. Ainda assim, Putin sinalizou que chegará ao encontro sem ataques: disse nesta manhã achar que "os EUA estão fazendo esforços sinceros para encontrar uma solução para a crise ucraniana". Washington também sinalizou que Trump vai buscar a paz no encontro com o homólogo russo. Em entrevista à rede de TV Fox News nesta quinta, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que o norte-americano buscará "esgotar todas as opções para um fim pacífico" de guerra na Ucrânia, mas afirmou que Trump também tem "várias ferramentas a serem usadas (no diálogo) caso seja necessário". A disputa territorial também deve estar em pauta, segundo indicaram os dois lados em declarações dos últimos dias. SANDRA COHEN: Desconfiança e cautela pairam sobre encontro entre Trump e Putin no Alasca Conversa terá Ucrânia e segurança internacional Trump e Putin discutirão, principalmente, formas de solucionar o conflito na Ucrânia durante a reunião de sexta-feira no Alasca, informou o Kremlin. Mas também debaterão formas de garantir a "segurança internacional". "Provavelmente é óbvio para todos que o principal tema será a resolução da crise ucraniana", declarou nesta quinta-feira à imprensa o conselheiro diplomático de Putin, Yuri Ushakov. A reunião começará às 11h30 locais (16h30 pelo horário de Brasília), e os dois presidentes concederão uma entrevista coletiva conjunta após o encontro, na base aérea de Elmendrof, em Anchorage, segundo Ushakov. O encontro começará com uma reunião entre Putin e Trump na presença de intérpretes e e, posteriormente, eles continuarão as negociações entre as delegações durante um almoço com a presença de um grupo de especialistas. "Depois será organizada uma entrevista coletiva para fazer um balanço do que foi discutido", acrescentou o conselheiro de Putin. A última coletiva de imprensa conjunta entre os dois aconteceu em 2018, quando Trump e Putin se encontraram em Helsinque. A delegação russa será composta pelo ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, o ministro da Defesa, Andrei Belusov, o ministro das Finanças, Anton Siluanov, e o negociador econômico Kiril Dmitriev, segundo Ushakov. Líderes europeus fazem reunião com Trump para defender posição da Ucrânia às vésperas de encontro com Putin