Trump amplia deportação expressa para todo o país e libera prisão de imigrantes em igrejas, escolas e hospitais
Medida, que já foi alvo de polêmica no 1º mandato de Trump, permite que imigrantes sejam deportados sem a necessidade de uma audiência judicial. Governo rev...
Medida, que já foi alvo de polêmica no 1º mandato de Trump, permite que imigrantes sejam deportados sem a necessidade de uma audiência judicial. Governo revogou políticas adotadas por Biden. Bispa de Washington diz a Trump para ter misericórdia com imigrantes O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (21) que está ampliando para todo o território nacional a possibilidade da deportação expressa de imigrantes. Além disso, o presidente Donald Trump liberou a prisão de imigrantes em locais como igrejas, escolas e hospitais. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A deportação acelerada já foi tema de polêmica no primeiro mandato de Trump. Em 2019, o governo do republicano permitiu que imigrantes ilegais fossem rapidamente deportados sem a necessidade de uma audiência judicial. O caso foi parar na Justiça e foi regulamentado no Congresso. Em tese, essa modalidade de deportação pode ser aplicada a qualquer imigrante que entrou nos Estados Unidos ilegalmente e que não pode comprovar que reside no país por um prazo determinado. Durante o governo de Joe Biden, a deportação expressa era aplicada apenas a imigrantes detidos a até 160 km da fronteira, desde que tivessem entrado nos Estados Unidos por via terrestre. Além disso, a medida só se aplicava a imigrantes que estivessem no país há menos de 14 dias. Para os imigrantes que chegaram ao país por via marítima, a deportação acelerada se aplicava a qualquer ilegal detido em todo o território nacional, mas com a condição de que não pudesse comprovar residência contínua de pelo menos dois anos nos Estados Unidos. Agora, Trump expandiu a medida para todo o território nacional, independentemente de como o imigrante tenha entrado no país e sem a limitação de 14 dias de presença. Segundo a normativa, a medida está em conformidade com os limites estabelecidos pelo Congresso Nacional. Prisão em áreas protegidas O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS, na sigla em inglês) revogou uma diretriz de 2021 que proibia a prisão de imigrantes em áreas consideradas protegidas, como hospitais, igrejas e escolas. Há quatro anos, o governo Biden justificou que as prisões em edifícios protegidos poderiam criar uma sensação de medo em instituições que fornecem serviços básicos. Além disso, a gestão acreditava que todos, incluindo imigrantes, teriam direito à saúde, educação e religião. Com a revogação das medidas adotadas por Biden, agentes de segurança poderão prender imigrantes em áreas consideradas protegidas pelo governo. O secretário interino de Segurança Interna de Trump, Benjamine Huffman, afirmou que as medidas vão permitir que a captura de estrangeiros criminosos, "incluindo assassinos e estupradores". "Os criminosos não poderão mais se esconder nas escolas e igrejas dos Estados Unidos para evitar a prisão. A Administração Trump não amarrará as mãos de nossos bravos agentes da lei e, em vez disso, confia que eles usarão o bom senso", afirmou. Além disso, o DHS emitiu uma diretriz para restringir o uso da chamada "parole". A ferramenta permite a entrada legal de imigrantes em situação de emergência e foi amplamente usada na gestão Biden. LEIA TAMBÉM Em missa, bispa de Washington diz a Trump para ter misericórdia com imigrantes; presidente faz crítica na saída Estados entram na Justiça contra ordem de Trump sobre cidadania de filhos de imigrantes ilegais Trump pretende acabar com cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais, e isso afeta brasileiros 'Fique no México' Manifestantes seguram 'pinhata' de Donald Trump em protesto no México REUTERS/Zaydee Sanchez O governo Trump também anunciou que está retomando o programa "Fique no México", que foi adotado na primeira gestão do republicano e revogada durante o mandato de Joe Biden. A iniciativa obriga que estrangeiros que pedem asilo aos Estados Unidos, com exceção de mexicanos, aguardem a análise da solicitação no México. Na segunda-feira (20), o governo tirou do ar um aplicativo usado para agendar entrevistas de asilo. Todos os agendamentos que já estavam feitos foram cancelados. A medida gerou indignação e tristeza entre imigrantes que aguardavam para entrar nos Estados Unidos na fronteira com o México. VÍDEOS: mais assistidos do g1