Trump convida líderes europeus para reunião com Zelensky na Casa Branca na segunda-feira
Putin agradece apoio de Trump e anuncia que não há acordo sobre guerra contra Ucrânia Líderes da Europa foram convidados a participar do encontro entre o pr...

Putin agradece apoio de Trump e anuncia que não há acordo sobre guerra contra Ucrânia Líderes da Europa foram convidados a participar do encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca na próxima segunda-feira (18). ➡️ A reunião entre Trump e Zelensky em Washington vai tratar dos próximos passos na tentativa de colocar um fim na guerra da Ucrânia. Nesta sexta-feira (15), o norte-americano se encontrou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, mas eles saíram sem um acordo de cessar-fogo. A informação do convite é da agência de notícias Reuters e do jornal "The New York Times". Os governos americano e ucraniano ainda não confirmaram, tampouco foram divulgados os nomes convidados. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Após o encontro com Putin, Trump diminuiu a importância de um acordo de cessar-fogo. O presidente dos EUA disse que agora mira em um acordo de paz. Após a reunião com Putin, Trump ligou para Zelensky e líderes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Segundo uma fonte ouvida pela Reuters, Trump explicou que Putin pediu dois territórios ucranianos, Donetsk e Lugansk, para encerrar o conflito. Em uma entrevista à emissora Fox News, o norte-americano disse que Zelensky deveria aceitar a proposta de Putin porque "a Rússia é uma grande potência e eles [ucranianos], não". Quando questionado se daria algum conselho ao líder ucraniano, respondeu: "Faça o acordo. Você precisa fazer o acordo". Neste sábado, Putin classificou a conversa com Trump "útil", oportuna, sincera e substancial". Ele ainda disse que espera uma solução pacífica para o conflito com os ucranianos e que respeita a posição dos EUA. O chanceler alemão Friedrich Merz afirmou à emissora alemã N-TV que um acordo de paz abrangente pode ser melhor do que um cessar-fogo, desde que seja alcançado "rapidamente". Em nota publicada no X, Zelensky disse ainda cogitar uma reunião entre Rússia, Ucrânia e Estados Unidos. "Apoiamos a proposta do presidente Trump para uma reunião trilateral entre Ucrânia, EUA e Rússia. A Ucrânia enfatiza que questões-chave podem ser discutidas diretamente entre os líderes, e o formato trilateral é adequado para isso", disse Zelensky. O telefonema durou uma hora e contou com a participação de outros seis líderes europeus: o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz; o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; o presidente da Finlândia, Alexander Stubb; o presidente da Polônia, Karol Nawrocki; e o presidente da França, Emmanuel Macron. Encontro de Putin e Trump no Alasca Drew Angerer/AFP Como foi o encontro entre Trump e Putin A reunião entre Putin e Trump desta sexta-feira, que durou três horas, começou às 16h30 no horário de Brasília, após os dois protagonizarem um cumprimento efusivo após chegarem ao Alasca. Essa foi a primeira cúpula entre os EUA e a Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e o primeiro encontro a sós entre os dois líderes desde 2018. Em pronunciamento rápido, ambos trocaram elogios. Putin foi o primeiro a falar, agradeceu o convite de Trump e chamou a conversa de "construtiva", mas apontou a necessidade de as preocupações da Rússia serem levadas em conta. "A Ucrânia foi um dos principais tópicos. Vemos o desejo de Trump de entender a essência do conflito e estamos sinceramente interessados em acabar com ele, mas todas as causas fundamentais devem ser eliminadas, e todas as preocupações da Rússia devem ser levadas em conta. Concordo com Trump que a segurança da Ucrânia deve ser garantida. Espero que a compreensão mútua traga paz à Ucrânia", declarou Putin. Putin, então, encerrou a coletiva convidando o americano a ir à Rússia para o próximo encontro. "Da próxima vez em Moscou", disse em inglês. Entenda a ocupação russa na Ucrânia Arte/g1